Capítulo 12 – Luminus
– Mesmo que alguém morra, não
saiam da formação. – Adverte Yumi, exatamente quando três nuvens negras
rapidamente tomam a forma de três homens de capuz preto, usando máscaras que lembravam
lobos.
– Pergunta: a ordem ainda está em
vigor? – Pergunta o jovem aprendiz, sentindo o vento passar, preparando se para
sacar sua espada.
– Em situações adversas, a única
ordem completamente válida é improvisar. – Retruca a Arquiduquesa, abrindo sua
mão direita. Na mão direita de Yumi seu báculo
se materializa lentamente, das pontas para o meio. Apesar dos dois estarem com
armas em mãos, quem faz o primeiro movimento é Hitch, puxando da manga uma
varinha de cor roxa, bem trabalhada.
– Baku-hatsu! – Diz ela, em alto
e bom som. O chão em frente a um dos inimigos explode violentamente, e isso
acaba servindo de distração para os outros fazerem seus movimentos.
Aproveitando a poeira suspensa que atrapalhava a visão dos inimigos, Yumi envia
incontáveis Aiodromes para cercarem o lugar. E Raitun que havia fechado os olhos
por alguns instantes, abre-os lentamente, com as pupilas verticais, íris
amarelas. Olhos de raposa, preparativos terminados. “Modo de combate?”
Perguntam suas lâminas. “Algo assim” ele responde, antes de pular no meio do
cerco de Aiodromes, ainda montado na raposa. Raitun pula de Kitsu diretamente
no inimigo que havia sido atacado com a magia da explosão. Este movimenta sua
mão, dando a entender que vai atacar com algum estilo de luta desarmada, e o
golpe seria efetivo, mas uma barreira de Aiodromes aparece entre o aprendiz e o
inimigo, que é capturado pelos servos da Arquiduquesa. Raitun voa um pouco para
trás, enquanto as outras duas assistem como ele irá se sair. Antes mesmo que
possa pensar em algo, outro do trio de inimigos mira sua cabeça, atacando-o com
um martelo de duas mãos, a força do golpe é tanta que o aprendiz é levado ao
chão, porém cruzado as espadas em forma de x ele consegue absorver o golpe. Sem
defesa, este inimigo é atacado pela raposa, que pula vorazmente em cima deste,
imobilizando-o com as patas. O martelo havia ficado no lugar, e o aprendiz o lança
no terceiro inimigo, que puxa uma varinha e explode a arma apenas apontando
para ela. Antes que pudesse usar a próxima magia do repertório, um raio vindo
da varinha de Hitch atira sua varinha para longe. O aprendiz aproveita a
brecha, e antes que o inimigo esboce reações Raitun rapidamente se movimenta e
deixa-o sem ter caminhos para andar. Se ele se movesse teria a cabeça arrancada
por duas espadas. Por fim, todos os três
acabam sendo imobilizados pelos Aiodromes. Após certo tempo esperando ali,
chega uma tropa de soldados do reino: os sorudiuns. Os sorudiuns levam os
inimigos mascarados para um interrogatório. O grupo anda para baixo de uma
árvore ali perto, e o aprendiz se deita por lá mesmo, usando a pata da raposa
como travesseiro.
– Quem eram aqueles?
– Luminus, um clã renegado que
planeja trazer as trevas para esse reino.
- Curioso... Ser um clã que
deseja trazer as trevas e se chamar “Luminus”.
- Curioso de mais.
Ao falar aquelas palavras, a
expressão de preocupada volta, e dessa vez está presente no rosto das duas.
Yumi se vira para Raitun um instante depois, sorrindo e diz.
– Mas não iremos deixar, não é
tuntun?
– É... Assim espero. Espero
também que você pare com isso algum dia.
– E eu espero que você pare de
ser idiota desde que te conheço. A propósito, isso é seu. – Comenta Hitch,
entregando-lhe o caderno de antes.
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