Aprender a escrever...

Aprender a escrever só se faz escrevendo. E só aprendemos bem aquilo que para nós tenha poesia.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Projeto - Capítulo 17



Capítulo 17 – Chá de pingentes


Na floresta do norte, próxima a árvore da vida, Yggdrasil, outra reunião está para começar. Em certa parte dessa floresta existem as Willows, árvores antigas e sábias, que aconselhavam os visitantes que iam até elas. Em meio a uma clareira, em volta de uma mesa baixa e quadrada de pedra, estava prestes a se iniciar a reunião das sacerdotisas guardiãs. Havia quatro sacerdotisas guardiãs: Alexis, Lilith, Mary Anne e Louise. Alexis era uma elfa de 1,70m, pele clara, olhos claros e cabelos castanho-claros, e era a guardiã do norte. Lilith era uma elfa noturna, de pele difícil de descrever, parecia azulada, acinzentada, dependendo do ponto de vista. Tinha olhos de íris branca, cabelos brancos, quase prateados, que desciam até a cintura. Sua roupa se diferenciava das outras, enquanto a das outras era um simples vestido ou um kimono com hakama a de Lilith era um vestido longo, com duas fendas na parte da frente, que subiam da borda inferior do vestido até a parte superior da coxa. Na parte de trás e na parte entre as fendas havia outra "saia", curta e feita de escamas brancas e brilhantes. Essas escamas eram também presentes nos ombros, como adorno. O vestido era branco, de seda, e caia na parte da frente como um leve e discreto decote. Mais alguns detalhes: tinha 1,72 e carregava um pingente com a forma de um floco de neve, pendurado no pescoço. Mary Anne e Louise eram humanas, porém, tão poderosas quanto as elfas. Mary Anne tinha 1,69 m e Louise tinha 1,55 m, tinham pele morena clara e olhos castanhos, sendo os de Louise mais escuros. Em questão de cabelos, os de Mary eram mais claros e ondulados, porém ainda castanhos. Essa guardava o oeste de florestas negras e lamentações, a outra o leste do raiar do sol e águas quentes. Alexis tinha o dever de proteger a floresta do norte, e Lilith a porção gelada do sul. Em meio à clareira da floresta, as sacerdotisas vão chegando e se sentando em volta da mesa quadrada. Lilith chega primeiro, depois as Louise e Mary. Elas deveriam meditar em silêncio por alguns momentos, mas algo incomoda muito o espírito delas.
– Por que ela sempre se atrasa?– diz Mary
– Não é mania dela, ela tem a natureza calma dentro de si.
– Esse é o território dela, ela deveria ser a primeira a estar aqui! – Responde ainda indignada.

 Acalmem se, as duas, ela já está por perto – é o que diz Lilith, interrompendo as duas sacerdotisas humanas. Elas se calam em respeito à Lilith, que era considerada a que tinha maior poder de ataque, senso de liderança e beleza. Sem querer desmerecer as outras sacerdotisas, afinal, eram as próprias falam isso em opinião unânime.
– Olá meninas! – grita Alexis, indo ao encontro das outras três com um sorrido no rosto.
– Atrasada– sussurra Mary, em tom de reprovação aos atos dela.
– Cumpra seus horários, idiota! – grita Louise, tomando agora o papel de indignada. Também joga uma pedrinha em Alexis, porém esta não chega ao destino: é interceptada por uma flecha de luz. "Mihawk estraga prazeres" pensa ela. Antes de mais reações incomuns, Lilith se pronuncia.
– Presumo que tenhas um bom, um excelente motivo para se atrasar. Ou talvez não, dependendo da psique e da falta de vontade dela... – diz a paciente "Líder", em tom sério e pensamentos altos.
– Estava vendo o estado das Willow, conversando com elas... É muito bom fazer isso! – talvez pela resposta ter soado como uma desculpa inventada, Alexis se senta no lado vazio da mesa que foi convocada com a seguinte maneira fina: Sem mais nenhuma palavra.
–Então, comecemos. Mary, faça. – Diz Lilith, ignorando a desculpa apresentada, já que era comum o atraso da elfa do norte. E Mary tira de seu pescoço um cordão cujo pingente era uma perola negra que se transforma em um copo preto quando posto no meio da mesa. Agora Lilith faz o  mesmo, e o pingente de floco de neve derrete dentro do corpo, enchendo-o de água límpida e pura. Louise tinha uma chama em seu pingente, e ao comprimi-lo entre as mãos, as deixa vermelhas. Assim, as mãos vermelhas esquentam o copo da escuridão do oeste, com o calor do sol vindo do leste. Esquentam um pouco a gélida água do sul, por consequência. Por ultimo, o pingente de folha da ultima. Essas viram refinadas ervas da floresta do norte, e tudo, assim como todas são interligadas. Cada uma toma um gole do chá de pingentes, e depois de uma mesura sincronizada, atam suas mãos umas as das outras. Naquele momento sentem se revigoradas, e fecham os olhos, mergulhadas em orações mentais e paz profunda. Assim fora descrito por Lilith o ritual de purificação e renovação das sacerdotisas, que prefiro apelidar de ritual do chá de pingentes. E novamente os eventos mudam de “brisa” para "vendaval assobiador irritante". Ainda em plena concentração, Alexis murmura, como que profetizando: "o lobo negro se aproxima”.

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