Aprender a escrever...

Aprender a escrever só se faz escrevendo. E só aprendemos bem aquilo que para nós tenha poesia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Um conto pra variar



Contos do erremita: A dama da água

Um dia o aprendiz que salvou o reino de Montris voltou para lá, guiado por uma garota. Mas não é deles que vamos falar. É de alguém dessa mesma época. Dois mil se passaram após a queda do Darklord que tentou destruir Montris. Após isso volta o “mero humano” que o derrotou, acompanhado de uma garota, e percebe que não ocorreram ali dois milênios de paz. Ocorreram dois milênios de tensão. E a cor magia antiga desbotou-se, estava acinzentando. O aprendiz havia chegado em boa hora. O reino é limitado por quatro rios. Em cada rio, há um templo, e em cada templo, uma sacerdotisa que o protege. Essa é a história de uma delas. A que sucedeu a mais poderosa de todas: Lilith, a sacerdotisa do templo do sul, do rio Articus. Uma humana com porte de senhora élfica, voz de senhora élfica, e nome élfico. Uma humana muito bela, segundo as descrições do aprendiz. Segundo este, intocada pelo espectro do tempo. Apesar de todo o porte élfico e seu talento para magia elementais da água, era uma humana. E a maioria das criaturas mágicas não queria mais humanos em cargos altos. “Por que?” é o que você deve estar se perguntando. O garoto que salvou o lugar foi taxado de vilão. Diziam na época que era ele que havia desequilibrado a balança e trazido aquele enorme mal, indo embora depois e deixando o antigo mal se espalhar e apodrecer aos poucos aquele mundo. E o medo tomou conta de várias criaturas, e os elfos tomaram conta da situação. A sacerdotisa élfica que há dois mil anos combateu aquele mal era a regente de Montris. Seu coração havia endurecido dentro de sua floresta do norte, mais do que o de Lilith, a antiga sacerdotisa das terras geladas do sul. Lilith esta, que morreu para proteger alguém mais importante que ela, e parte dela própria. Assim ficou em aberto a proteção das terras geladas. E a humana com porte élfico, que estava treinando para auxiliá-la era a cogitada para o cargo. Cogitada e recusada pela senhora élfica que realmente era uma elfa. Muitas discussões ocorreram em volta do fato, mas o fato principal era que a fronteira não poderia ficar desprotegida. Resolveram testá-la no mesmo teste que foi feito pela própria Lilith e apenas as sacerdotisas de alto nível e de elemento compatível com o dela conseguiam terminar: enfrentar uma horda de elementais de fogo, com o templo atrás de si, o inimigo à frente, e gelo para qualquer lado que se olhasse. Mesmo sabendo que não chegava aos pés se comparada a uma sacerdotisa de alto nível, Aysa aceita a tarefa. “Não posso deixar o reino desprotegido, se não sou boa o suficiente para protegê-lo, morrerei tentando alcançar tal objetivo” pensou ela antes de tudo. Três dias se passaram da decisão até a execução da mesma. Aysa de frente à uma horda de elementais de fogo invocados por outra sacerdotisa de alto nível, o templo do Articus atrás, gelo em qualquer lugar que se olhasse. Começa uma luta de uma sacerdotisa que controla água contra uma horda de elementais de fogo. “Não deve ser tão difícil assim”, apagar uma fogueira com um balde de água. Fácil, rápido e não demanda tanto esforço. Mas e se forem centenas de fogueiras? Até onde o limite de seu esforço físico chegaria? Para a sacerdotisa, este chegou na metade da metade, e ainda haviam as centenas de elementais. O interessante desse tipo de teste é que a avaliação não é feita pela quantidade de todos os golpes, e sim pela qualidade do último golpe. E sem dúvida, este foi em qualquer sentido um golpe apelativo. “O que fazer quando não se tem mais forças para controlar a água?” Pedir ajuda para quem controla o próprio espírito da água. A última carta da humana com porte de senhora élfica é invocar a deusa dos elfos, portadora do espírito da água. “Seu potencial é interessante, ajudarei a ti, pequena humana. Proteja bem o meu elemento, o seu templo e o reino deles” disse a deusa em um sussurro límpido como a água de um rio. Depois disso, o canto forte de uma cachoeira, e o grito de uma tsunami. Uma onda gigantesca varreu os elementais de fogo. Assim a humana com porte élfico mostrou que era protegida pela deusa dos elfos, e conquistou o lugar que antes foi de uma das quatro grande sacerdotisas. Assim foi a história de uma das que recebeu o aprendiz em seu retorno a Montris. A sacerdotisa Aysa, após o episódio conhecida como “Aysa, a dama da água”.



[ Terminei esse texto em meu "numero mágico". 15:37. 3 e trinta e sete. Interessante! E quem sabe se a Aysa aparece mesmo no próximo livro?]

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Atualizando

Olá leitores, leitores e srs leitores invisíveis, adoro vocês. Pra variar, uma atualização depois de muito tempo. E atualizações no blog. Estou disponibilizando agora a Leitura online do livro. E também estou realmente me ajeitando pra terminar tudo direitinho. Que os ventos soprem agora. Acho que postarei um conto sobre uma nova personagem qualquer dia desses.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Olá povo, sei que esse blog não é atualizado constantemente. Mas o outro pelo menos eu tento. Enfim, novidades. Após o apelo atendido e eu ter criado coragem e aprendido, dividi o livro em capítulos. Depois mostro o nome de alguns aqui pra ser mau e deixar o gostinho. A Ana lago de luz, que é quem tá me ajudando, fez junto comigo(digamos assim) uma sinopse. E aí estamos progredindo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Carta de apresentação do livro.

"O que acontece quando um garoto que viaja nas ideias resolve escrever um livro? Depois de uma ideia, um caderno, aproximadamente nove meses de "brincadeira", um blog (http://memoriasdeumaprendiz.blogspot.com/) e muito trabalho, aqui está uma versão apresentável do meu primeiro aspirante a livro, Memórias de um aprendiz. Uma história sobre um garoto que adora viajar no mundo das ideias, e em meio a uma conversa com sua amiga conselheira resolve escrever uma história. Para escrever ele precisa de ideias, para ter ideias ele precisa de "viajar" na sua mente. Digamos que esta foi uma "viagem profunda demais". Nessa ele acabou literalmente viajando...para outro mundo, um novo mundo, um mundo mágico. Lá ele aprende sua mais valiosa lição: Deve sempre aprender, seu destino é ser um aprendiz. E o destino lhe reserva algo bem maior. Uma história de um garoto-personagem-narrador-escritor, estranhamente tudo ao mesmo tempo. A mágica e antiga história que conta as memórias de um aprendiz. Boa leitura senhores, ou melhor dizendo, boa viagem para o novo mundo de Montris."


Gostou? Fiz uma propaganda legal? XD Estou no processo de reedição, pra dividir e olhar se não tem uns erros muito grotescos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Apelo de um aspirante a escritor (postando no recanto das letras)

Me resolvi quanto a editora. Lembro de uma recantista chamada Gisele Galindo, que parece estar ausente. E ela me indicou uma editora chamada Editora draco, especializada em gênero de Fantasia e coisas do tipo. Então, tá na minha área. Mas, sempre tem um mas. Mas eu preciso fazer duas coisas antes. Uma parece que vai depender de mim mesmo, a outra de outra pessoa. A que parece que vai depender de mim é terminar de corrigir o que tem de ser corrigido no livro, afinal se tem gente que mal consegue cuidar de suas coisas, como cuidaria das coisas dos outros? A segunda é ler uma opinião de alguém de fora sobre o livro. Queria que as amigas que me ajudaram/inspiraram lessem. Mas algumas não tem tempo, outras não podem, e por aí vai. Queria ter tido alguma resposta do tempo que publiquei em e-livro aqui no recanto pra cá. Até tive, mas quando perguntei por detalhes ela não me respondeu, então não adiantou muito, infelizmente. No fim das contas, é isso. "Por que se importar tanto com isso", alguém vai perguntar. Bem, quando se escreve algo você sabe [ ou as vezes não sabe] o por que de ter escrito. Sabe de cada nuance e entrelinha, mas não sabe como o leitor foi atingido por aquilo. Como alguém que não é você vai reagir a aquilo. Tendeu? "Por que você não corrigiu ainda?" Por dois motivos. Eu parei de ler há algum tempo, então estava retomando a leitura, e lendo o básico como Tolkien e Lewis, e as brumas de Avalon, pra saber como é um livro dessa linha. E depois, mesmo que eu corrija os erros de gramática, se tiver algo mais errado, eu não vou perceber tão claramente quanto alguém que olhe de fora. Também quero fazer esse tipo de correção. Então, que tal um trato com alguém aí? Alguém aí cria coragem de ler uma história estranha de 179 pgs até o fim, e eu crio coragem de corrigir direito. Depois de digitar isso tudo, passar um ano escrevendo, dois meses esperando um comentário, a coisa foi terminar em falta de tempo e falta de coragem, puts... Acho que é isso. Eu até diria que estou chorando nesse momento por emoção ou por estar comovido com a minha própria história, mas não sou o tipo de pessoa que chora tão fácil assim... acho que nem do jeito difícil. Odeio ponto final. Então é isso, uma questão de um ano é apenas questão de falta de tempo e coragem. Mas se alguém puder "emprestar" um dos dois, também aceito. Se alguém tiver o primeiro e ler, grande ajuda, se eu tiver a segunda e corrigir logo, é uma grande ajuda a mim mesmo.  Mas não culpo um ou outro por isso, até por que o tempo é o grande regente e sempre passa, é o trabalho dele. A coragem é...um dragão hibernando, e despertar ele é trabalho da gente. Da gente, no sentido de cada um despertar o seu. Voltamos aos dragões do começo, e vamos lá, editora draco. Já escrevi de mais, vai que eu acabe chorando mesmo sendo resistente a isso. Acabo com os dragões. Até amanhã, por que esse é o terceiro e último texto da minha cota diária. Aceito contatos por e-mail, e agradeço aos que leram o apelo de ontem e leram esse troço enorme até aqui. Ou aos que leram alguma coisa minha. Era "só" isso que precisava desabafar, obrigado.


"Só isso" o meu apelo. E não foi uma história de ficção dessa vez.
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