Aprender a escrever...

Aprender a escrever só se faz escrevendo. E só aprendemos bem aquilo que para nós tenha poesia.

sábado, 26 de abril de 2014

Projeto - Capítulo 26



Capítulo 26 – Frustração, Renovação e Frustração


– Destruí-lo vai ser mais problemático do que pensei. – diz Hatsumomo com sua foice no ombro e seu capuz sobre a cabeça, observando sua conselheira.
– A defesa dele é boa, não é? Ele tem belas espadas, é educado, bonito, alto e forte... Mas dane-se isso, esqueça ele e vamos beber! – diz a conselheira com um copo de alguma bebida em mãos.
– Eu por acaso pedi alguma droga de bebida? – e tenta bater na conselheira, porém essa desvia de uma forma estranha e impensável ao jogar o corpo para trás mantendo os pés no chão, e em velocidade espantosa aparece atrás da substituta segurando-a por trás. Sendo praticamente esmagada, Hatsumomo continua – Por isso sempre te odeio, por que você sempre bebe.
– Se a defesa dele é tão boa quanto você diz o melhor a fazer é se afastar desse forasteiro.
– Se quer me aconselhar por que não aconselha a como fazer em vez de aconselhar a não fazer?
– Por que de maneira nenhuma você deve fazê-lo.
– EU não, heim... Finalmente a grande bêbada Karen Li disse algo proveitoso!
– Nem sabia que por aqui existia alguém com um nome igual com o meu. Quando ela vier novamente chame ela para beber com a gente, tá?
– Idiota... Realmente odeio você bêbada, porém nada é mais odioso do que essa ventania da tempestade batendo de frente comigo, me afastando de meus objetivos. – nesse momento ela interrompe sua fala e uma névoa aparece em frente a ela, posteriormente tomando forma de um clone de Hatsumomo.
– Espero que eu o faça bem. Como combinamos?
– Sim. Vá. – o clone desaparece. Isso e outros fatos no reino levam o tempo necessário para Raitun aprender o suficiente, agora o garoto aprecia um revigorante banho nas fontes termais próximas ao templo. Pelo menos, até uma visita chegar.

– Olá, tempestade. – diz a mulher de capuz preto, deixando o capuz na beira da fonte e entrando no banho junto com ele.
– Não poderia apenas pedir para eu me retirar?
– Não faço ideia do por que de pedir isso. Quero ficar um pouco mais perto por sinal.
– Por quê?
– Ora, eu sou a chuva, você é a tempestade. Somos inseparáveis.
– Ahn...oi? A chuva me lembra alguém como você, mas não acho que seja exatamente você, porém não lembro exatamente quem é que me lembra e...bem, eu não quero você mais per-.
– Claro que sou a chuva, tempestade. E você não existe sem mim... – diz Hatsumomo, a mulher que deixou seu capuz no lado de fora das águas termais. E lentamente vai aproximando seu rosto ao de Raitun. Em vez de aparecer um cupido que selasse o beijo de um provável casal, outro tipo de arqueiro completamente diferente acerta o alvo. Com uma flecha na cabeça, duas no peito e mais uma próxima a Raitun, Lilith faz o clone de Hatsumomo se desfazer completamente, e alerta o aprendiz.
– Lilith, o que fazes tão longe de seu templo a esta hora?
– Digamos que eu li meu almanaque direito hoje. “No leste os cupidos precisam de um substituto”. Algo do tipo. Quando cheguei aqui, resolvi parar a desgraça antes que ela começasse.
– Como assim “parar a desgraça”?
– Já ouviu falar em “beijo da morte”? Não? É simples: ela iria lhe beijar e sugar sua mana até você morrer. Quer dizer, o clone dela.
– Aquilo era um clone?
– Sim, você não notou a diferença por que está usando esses olhos normais de humano. Os olhos dos elfos são os melhores para a função a eles atribuída.
– Não entendi muito bem, mas acho não posso ignorar suas superstições.
– Não deve. Posso entrar?
– Não, deve. – a sacerdotisa faz uma mesura e entra no banho.
– Ela não pediu permissão, não é?
– Não, e pelo jeito não deve! Às vezes as pessoas esquecem os bons modos. E o que a sacerdotisa da terra gelada faz em um banho quente? – diz em tom irônico
– Dizem por aí que faz bem para a pele. De quebra, eu lhe privo de más companhias que entrarem sem pedir permissão.
–Agradeço a dupla preocupação. A Sacerdotisa-san deve realmente cuidar da sua incomum beleza.
– Por você está agradecendo em relação a isso?
– Por ter o prazer de rever sua beleza.
– Ora, além de querer me deixar sem palavras ainda continua com isso? Quer ficar aqui sozinho novamente?
– Não faço ideia, devido à situação e ao cenário, meu pobre vocabulário não me permite responder a essa pergunta.
– Uh... Acho que é por isso que eu amo e odeio as raposas.
– A neve irá se derreter por um mero aprendiz ou pelo calor das águas termais?
– Quem sabe? – diz ela, beijando a bochecha do aprendiz e sumindo, misturando se com o vapor. Ainda no meio tempo o tempo de dizer “até sempre, raposa”.
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