Capítulo 18 – Discurso
O aprendiz e a sacerdotisa montam
em Kitsu, sendo seguidos pelos outros seis para o lado de fora da
cidade-fortaleza.
–Vocês vão andando? – Diz ele ao
meio orc e aos outros. Cada um invoca sua montaria após o ‘puxão de orelha’.
Raitun e Lilith em Kitsu, Sigfried em Zumbula, seu bisão azul. Hitch em
Gonduriel, seu pássaro roxo, Yumi em Equus, seu unicórnio, Alexis em um cavalo
branco, Mary em um cavalo preto (se chamavam Purydon e Grifoidius, e eram os
dois melhores cavalos do reino), ambos com armaduras e estandartes de
guerra. Assim os oito são dispostos em
sete montarias (a última é a do imperador, um leão chamado Avalon, de armadura,
assim como as outras.). Raitun na frente, Atrás o general e o imperador, atrás
destes Alexis e Mary, e por último Hitch E Yumi. Após sair pelos portões formam uma linha. O
lorde imperial e sua parceira tinham à esquerda o anão imperador, a sacerdotisa
humana e a arquiduquesa. À direita estavam então o general meio orc, a
sacerdotisa élfica, e a maga humana. Raitun sai da fila e começa a correr na frente
desta, gritando com vigor:
– Reino de Montris, estamos
diante de um inimigo monstruoso e tenebroso. Diante da guerra. Diante da fera,
a mercê do lobo e da morte. Soldados e magos acordam seus espíritos e preparam
suas armas, porque vamos à guerra! E se vamos à guerra, ponham seus corações nisso!
Suas vidas dependem disso! A vida da sua família depende disso! Ponha o
coração, a alma, o mana, o corpo, o espírito do guerreiro em tudo que fizerem. Se
o fizer vão entender o que não explicamos, mas sabemos que existe, o chamamos
de magia e milagre! Não é o mais forte que vence, e sim o que não desiste até
que sua última gota de sangue não circule mais em suas veias e seu coração dê a
última batida! O vencedor é o que está de pé ao final da batalha! Se estivermos
indo morrer, que morramos com honra! Se iremos abrir o caminho para a
vitória, que seja ela feita com honra! Se o inimigo possui mais armas, soldados
e poder de ataque, vençamos pela garra, persistência, habilidade, honra, magia,
astúcia e estratégia! Acredite, uma raposa pode vencer um lobo, e nós podemos
vencer o clã das trevas que traz consigo a morte. Acreditem, seus ancestrais
lutaram para que você estivesse aqui. Então, lute para seus descendentes terem
a oportunidade de lutar e conhecer um reino fantástico! Lutar para que mais
forasteiros tenham oportunidade de conhecer Montris! Lute por ter encontrado
algo tão incrível após ter viajado tanto! Lute para poder mais uma vez, nem que
seja uma vez mais tomar um belo malte e comer uma boa carne! Lute para poder
rezar novamente para seus deuses! Lute para mostrar o quão bom você é manejando
uma arma! Lute para mostrar o quão bom você é no uso da magia! Lute para
mostrar o quanto você aprendeu em seu caminho para a especialização! Lute para
matar o dobro que o companheiro ao lado! Para contar novamente a piada do
paladino! Ataque o inimigo ofuscando-o como aquele paladino! Lutar para ver novamente
seios volumosos e de todos os volumes, olhos verdes e todas as cores!Lute para
ver o sol nascer e mostrar todas as cores no tempo púrpuro de amanhã! Lute para
mostrar que o poder de um de vocês é de todos vocês e o poder de todos vocês
irá esmagá-los como um só! Lute para continuar a ver e aprender coisas, e por
todos os laços importantes que você fez! Por tudo que procura! Por todos que
ama! Por todas as lembranças! Por memórias e coisas lembradas e esquecidas! Lutem
para sorrir novamente!Lutem para esmagar o oponente! Lutem para continuar a
evoluir e expandir seu universo como eternos aprendizes!Lutem contra a morte e
contra a vida! Lutem e acreditemos, nós podemos! Que o sangue dos nossos
inimigos seja a prova da força do nosso império, Montris!
As palavras vigorosas do aprendiz
surtem efeito imediato: o Lupuoskirus levanta o exército de um reino com um
discurso. A cidade treme com gritos e batidas, que acabam se homogeneizando. Os
soldados batiam duas vezes nos escudos e gritavam: Mon-tris! “bate, bate”
Mon-tris! Isso foi inteligentemente aproveitado pela musicista, que em meio ao
exército não deve ter sido escutada, mas disse “Montrisian Unisono”. A música
eufórica e forte dos soldados para de ser dissipada e é totalmente convertida
em mana, e transferida para a camada interna da barreira.
– As peças negras avançaram, e as
brancas fizeram seu movimento. Resta agora superar os ataques e ter fé no
garoto. – comenta o ancião.
–Preparem-se para contra
atacar!Preparar armas! – Grita Raitun. Todos começam a sacar e libertar as
entidades de suas armas, menos os oito, ou melhor, dizendo, os seis. Yumi se
resume a fazer uma barreira de Aiodromes com seu báculo, Hitch não possui
entidade em sua varinha.
– Ilumine os aliados e desintegre
os opositores, Frozen flame! – Anões sempre são apressados no assunto guerra, e
o machado duplo estava com uma pressa enorme de ser banhado a sangue. Ao ser
liberado aumenta de tamanho e brilha em volta de sua lâmina uma chama gelada
muito parecida com a das raposas brancas e algumas inscrições ilegíveis.
– A melhor defesa é o ataque,
Gran!
– Se não vês as trevas não
reconhecerás a luz, Shadowform! – Era Mary, e seu pingente vira um cajado
negro, e este produz uma densa aura também negra.
– A vida que protege Fukai Mori.
– Agora era Alexis, transformando seu pingente em um cajado com temas de folhas.
– Mantenha o foco, Mihawk!
– Quatro ventos sopram em minha
defesa, todos os raios destroem junto à minha lâmina. Destrua, Cumulus Nimbus!
Capítulo 19 – Contra-ataque
Enquanto isso, do lado de fora da
barreira, a tal mulher na frente do exército toma a palavra.
– Temos apenas uma ordem a
cumprir: procurar e destruir! Apaguem a última chama de esperança deles, façam
com que as trevas profundas e o caos reinem sobre este lugar, pela ordem do grande
Darklord!
–Ou! – O exército dos Luminus
começa a bater escudos enquanto Raitun observa a eles e a seu comandante. Sua
no caso.
Aproximadamente 1,60, e
relativamente esbelta em seu vestido negro medieval. Carregando um escudo
redondo e estupidamente grande e um machado que lembra uma foice. Não parecia
ter muitas primaveras a comandante. A análise minuciosa é interrompida pela
própria que grita:
– Arqueiros? Apontar! – Após as
linhas de frente o aprendiz vê apenas uma gigantesca quantidade de arcos levantados.
– Atirem!
– Espero que você seja tão bom no
que faz quanto penso que é velhote... – é o que murmura o Lupuoskirus quando vê
a chuva de flechas vinda em sua direção.
– Observe... – Diz Lilith com um
sorriso no rosto. As flechas aos olhos da mulher somem, mas apenas param
flutuando no escudo da cidade.
– Coisa fofa, quem é aquela? –
Indaga Raitun.
– O comandante do exército
inimigo, Condessa Elissa Darkbeth. Espero que aquele escudo esteja ali apenas
como adorno.
– Arqueiros, contra-ataquem! –
gritam ele e Lilith, e os arqueiros de Midgard respondem atirando uma chuva de
flechas nos Luminus: suas flechas mais as disparadas por eles próprios. Este
primeiro contra-ataque derruba uma parte considerável da linha de frente, que
se reagrupa com as ordens da Condessa. Todos esperavam que a guerra fosse estourar
e se preparavam para os próximos movimentos, porém eles continuavam se analisando.
– Kitsune no me! – Diz ele, eram
as palavras que tinha aprendido para usufruir ao máximo de seus olhos de
raposa. E seu olhar se aprimora, percorre o exército inteiro. Na retaguarda, em
um nível acima do exército (talvez sobre uma pedra), Raitun via uma figura
encapuzada com uma foice. Figura peculiar, ao mesmo tempo familiar. Acaba
desistindo de ligar as peças e voltando a se concentrar para seu plano.
– Bom... Interessante eu diria.
Isso é armação daquele velho ancião... – diz a tal figura encapuzada. Levanta a
sua foice, o céu começa a se fechar, e uma fina e reveladora chuva começa a
cair.
– A chuva está dissolvendo a
camuflagem da barreira. Garoto... Esperamos a sua deixa! – Diz o ancião.
– Okydoky! Diz Raitun, ficando em
pé em cima da raposa, enquanto Lilith juntada seu poder em uma flecha e
permanecia sentada sobre a mesma raposa.
– Ainda não... Da pouco mais
chega a hora... – diz Otellus.
–“Da pouco mais...” essa é mais
antiga que a minha lenda. – Comenta Lilith em tom de desprezo.
– Concordo plenamente. Isso lá é
coisa pra alguém do nível dele dizer? E ainda mais nessa altura... – Diz Yumi,
e Alexis complementa a retórica.
– Uhum, se quer dizer algo, que
diga algo como...
– Octeto da perfeição, hora de
contra atacar!!!
– Finalmente. – diz Raitun
sorrindo na mesma posição. Estende o braço, abre a palma da mão e diz: Arte da
destruição, Canhão do dragão de vento destruidor dos céus!
– Taka no me: Nevasca!– diz
Lilith, atirando uma enorme flecha que logo vira algo como uma avalanche. Isso
se combina com o ataque de Raitun (uma massiva rajada de mana). Os ataques só
atravessam a barreira quando a camuflagem cai de vez e mais ataques da linha de
frente vão se juntando aos dois primeiros.
– Imperius Earthquake!–diz o anão
do grupo, batendo a lâmina de seu machado no chão, direcionando assim uma onda
sísmica ao exército inimigo. O meio orc faz algo parecido, porem a onde dele é
de mana e sai levantando um rastro de pedras por onde passa. Yumi aponta o báculo
para frente, juntando mana na ponta.
– Drome, drome Cannon Ball!– diz
ela ao lançar uma rajada de mana e aiodromes. Is ataques vão atingindo o
inimigo um por um, junto com uma rajada de flechas provida pelos soldados de Midgard.
– Abrimos caminho, avancem!–
exclama o novo lorde, sentando-se na raposa enquanto esta começa a correr. Em
meio à corrida, Lilly comenta:
– Destruímos quase 1/3 do
exército... É uma pena que ele se refaça tão rápido. Ah, parabéns por usar
aquele nível de magia sem recitar nenhuma frase de ativação. Digno de um Lupuoskirus.
Desse jeito em breve você se torna mais forte que os outros dois juntos.
– Não é meu objetivo se tornar o
mais forte. Quero apenas continuar aprendendo as coisas, mas para isso preciso
ficar mais forte.
– Ficar forte é conseqüência, não
requisito. Aprender é seu jeito de ficar forte por isso você precisa sempre
aprender mais.
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