Capítulo 6 – Namikaze Yumi
– Que estranho...– Concordo, mas alguém lhe espera ali. Vamos. – Responde Hitch, cortando mais uma vez os pensamentos do garoto. Os dois adentram na mansão, passando pelos antigos, e enormes corredores cheios de pontos de luz. E logo de tanta fascinação, ele paralisa com uma visão deslumbrante. Eles entram em uma sala enorme, e do outro lado, sentada em um trono, com um fabuloso vestido, uma garota. Também segurava um báculo muito ornado, e tinha aparência jovem. Longos cabelos negros, olhos castanho escuros, pele clara. Isso logicamente chama sua atenção, e o garoto começa a pensar: “Nossa... ela é realmente linda. E parece ter a minha idade, e também parece ser bem importante, então devo controlar os modos... mas o que diabos são esses benditos ponto de luz que rodeiam tudo quanto é lugar? Principalmente essa mansão... estão rodeando a, como se a obedecessem... como se ela mandasse em cada um deles. Quem é ela afinal?” E como sempre, seus milhares de pensamentos são interrompidos por alguém, dessa vez, a garota.
– Sou a Arquiduquesa dos aiodromes Namikaze Yumi, uma dos três Lordes Imperiais de Montris. – O garoto se ajoelha em sinal de respeito e toma a palavra.
– Perdoe-me então, não tenho conhecimento de sua importância, Grande Arquiduquesa. Vim aqui, porém não por vontade própria, fui trazido até sua residência pó uma conselheira, uma mulher que parece conhecer este lugar, e que por algum estranho motivo, acabou de sumir... – Diz o garoto, quando nota que a presença de Hitch havia se esvaído como a fumaça se dissipa a céu aberto. “Ótima hora” deve ter pensado ele.
– Ela tem coisas a fazer.
– Esta seria uma informação... Confidencial! – E ela, notando a curiosidade do garoto em acompanhar as luzinhas, comenta: – Hum... “o que são essas luzinhas”, correto?
– Completamente correto, nobre arquiduquesa. Perdoe-me novamente, pois sou apenas um aprendiz, um mero vassalo que acabou de chegar sem ter sido anunciado.
– Equivocadas essas últimas palavras, Sir. És também de alto nível, e tão valioso quanto eu. Diria que é até mais.
– Como assim, Senhorita Arquiduquesa?
–Bem... Temo que vá ser um choque receber uma notícia dessas desse jeito, mas você é o Lu- – e com um “Não conte minha senhora! Pare!” Uníssono, várias vozes interrompem a nobre. Isso assusta o garoto, que pensava estar sozinho na sala com ela. Procurando agora em qualquer fresta sinal de vida, escuta mais uma das vozes
– Ainda não é a hora, mestra.
“Se apenas a vejo, quem mais está aqui?” Se pergunta o garoto, ficando desnorteado com as prováveis respostas hipotéticas para a pergunta. Neste momento, aproxima-se dele um ponto de luz de cor azul-clara, e ao brilhar um pouco mais do que já brilhava, ecoa mais uma voz estranha, porém doce e bondosa.
– Eu estou aqui, Sir. Aliás, todos nós estamos aqui.
– Entende agora, Sir? Todos nós! – Respondem várias vozes novamente em uníssono, enquanto vários dos pontos também brilham mais intensamente.
“O ponto... os pontinhos de luz... falaram.” pensa o garoto, antes de desabar no chão como um saco de batatas. A Arquiduquesa se levanta do trono e vai até o jovem, porém ao perceber que o jovem estava apenas deitado e olhando para o teto, a garota da nobreza perde por instantes sua postura.
– Uau, nem desmaiei e já comecei a ver seres angelicais...
– Maldito, achei que estava desmaiado! – E a nobre bate com tudo a ponta de seu báculo que é apoiada no chão diretamente no abdômen do garoto.
– Perdão... É que... Eu gosto de olhar o teto ou o céu quando viajo demais em meus pensamentos... – É o que consegue dizer o garoto, em tom baixo e se contorcendo devido à dor. A nobre, de braços cruzados e virada de costas para ele, é interrompida em seu breve momento de fúria por um dos pontos.
– Mestra, recomendo-lhe que continues a audiência e que comece o ritual. Ah, e perdão sir, nós todos somos aiodromes, prazer.
– Prazer, meu nome é – O recomposto garoto se cala imediatamente ao ver a ponta de cima do báculo a centímetros de seu rosto.