Capítulo 7 – Omni Raitun
– Seu nome é o que eu irei lhe
dar, esta é a minha função. Aqui, ele será o seu nome.
– T-tá... Mas, qual?– E antes da
resposta, vem mais uma interrupção do coral de Aiodromes.
– Mestra, mestra, é chegada a hora!
– Exatamente, iniciando ritual! –
Diz ela sorrindo docemente.
A Arquiduquesa bate com o báculo
no chão, e começa a emanar um brilho em volta dela, como se fosse uma aura. Um
círculo se desenha no chão, contendo várias letras estranhas e incompreensíveis.
Dessa circunferência, saem cinco linhas distintas, como uma estrela, cujas pontas
formam uma circunferência maior. Nesta circunferência maior agrupam-se os
Aiodromes, formando assim uma meia esfera, que recobre os dois. O Aiodrome azul
de antes se posiciona acima da cabeça do garoto.
– Ajoelhe-se, ou curve-se, se
preferir. – “Você é alto” Pensa ela. E após ele se curvar, ela continua: – Eu,
a Arquiduquesa dos Aiodromes Namizake Yumi, uma dos três Lordes Imperiais de
Montris, neste momento lhe dou o seu nome. A partir deste momento, seu nome é
Omni Raitun.
– Yes, my Lady!
– Agora, alguns presentes que
serão indispensáveis, tuntun.
–Lady, eu bateria em você agora,
se isso não fosse considerado algo tão rude. E o Aiodrome azul responde ao
recém nomeado no lugar da nobre.
– Péssima ideia, Sir Raitun.
– É eu sei... Arquiduquesa, quais
são os tais presentes?
– Primeiramente, esse Aiodrome é
seu, afinal todos aqui têm o seu próprio Aiodrome. Você não é exceção.
– E quais as Utilidades de um
Aiodrome?
– Basicamente, a comunicação,
sir. Temos várias utilidades a mais, porém, aconselho que deixe para mais tarde
o aprofundamento nesse assunto. – Responde o Aiodrome.
– Vou seguir seu conselho, parece
que esses aconselhamentos são uma boa utilidade, no final das contas.
– Agora, hora de dar-lhe vestes
apropriadas e dignas. Feche os olhos, tuntun! – Diz a nobre, rindo dessa vez.
– Lady, quer mesmo apanhar?
– Oh, não faça isso, por favor...
– Então, não me chame assim se me
deu um nome!
– Assim é mais prático, menor, fácil
de decorar e também... É bonitinho oras! – É o que responde Yumi, um pouco sem
jeito ao dizer aquilo.
– Em minha opinião, aprendizes
não deveriam ser chamados por algo “bonitinho oras!” – Responde o garoto,
imitando a voz da Arquiduquesa na última expressão.
– Então, aqui vai algo em troca,
espero que seja equivalente. “E o que seria”, você vai perguntar, não é?Uma
permissão especial. Permito que você me chame apenas de Yumi, sem obrigações de
etiqueta... isso será justo.
– Considerando isso como um presente,
eu aceito. E quantos têm essa permissão de ser tão diretos com a Yumi?
– Apenas os Lordes, e poucas
pessoas de nível equivalente.
– Mestra, por favor, mantenha o
foco. – Sim, é novamente um Aiodrome interrompendo o que seria uma longa e
agradável conversa.
– Verdade, foco. Foco... Foco...
Hora das vestes. – Após falar isso, Yumi encosta seu báculo em Raitun, que
percebe sua roupa se modificando. E agora, finalmente as tais vestes apropriadas:
Uma calça longa e branca, com um hakama por cima, também branco. (hakama é um
tipo de “calça” japonesa que é colocado por cima da roupa normal, possuía
pregas e eram bem largas, ajudava a dificultar a leitura dos pés em uma luta,
era muito usada por samurais.) Uma camisa acinzentada, que aparece pouco, pois
há por cima dela um, sobretudo branco, com uma letra ômega maiúscula (Ω)
inscrita na parte das costas, tomando as quase por completo. O sobretudo era
longo, tanto nas mandas, que quase encobriam suas mãos (agora revestidas por luvas
pretas), como em comprimento, descendo até um pouco depois do joelho, onde
parecia ter um efeito de rasgado/desfiado. Para segurar a calça e o hakama, ou
talvez apenas para compor, uma faixa preta. Também usava botas agora, quase que
totalmente escondidas pelo hakama (era pra isso que o hakama servia principalmente)
e que eram pretas.
O garoto se olha, como se não
reconhecesse mais, e exclama: – Incrível!
– E agora, o principal.
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