Capítulo 26 – Frustração, Renovação e Frustração
– Destruí-lo vai ser mais
problemático do que pensei. – diz Hatsumomo com sua foice no ombro e seu capuz
sobre a cabeça, observando sua conselheira.
– A defesa dele é boa, não é? Ele
tem belas espadas, é educado, bonito, alto e forte... Mas dane-se isso, esqueça
ele e vamos beber! – diz a conselheira com um copo de alguma bebida em mãos.
– Eu por acaso pedi alguma droga
de bebida? – e tenta bater na conselheira, porém essa desvia de uma forma
estranha e impensável ao jogar o corpo para trás mantendo os pés no chão, e em
velocidade espantosa aparece atrás da substituta segurando-a por trás. Sendo
praticamente esmagada, Hatsumomo continua – Por isso sempre te odeio, por que
você sempre bebe.
– Se a defesa dele é tão boa
quanto você diz o melhor a fazer é se afastar desse forasteiro.
– Se quer me aconselhar por que
não aconselha a como fazer em vez de aconselhar a não fazer?
– Por que de maneira nenhuma você
deve fazê-lo.
– EU não, heim... Finalmente a
grande bêbada Karen Li disse algo proveitoso!
– Nem sabia que por aqui existia
alguém com um nome igual com o meu. Quando ela vier novamente chame ela para
beber com a gente, tá?
– Idiota... Realmente odeio você
bêbada, porém nada é mais odioso do que essa ventania da tempestade batendo de
frente comigo, me afastando de meus objetivos. – nesse momento ela interrompe
sua fala e uma névoa aparece em frente a ela, posteriormente tomando forma de
um clone de Hatsumomo.
– Espero que eu o faça bem. Como
combinamos?
– Sim. Vá. – o clone desaparece.
Isso e outros fatos no reino levam o tempo necessário para Raitun aprender o
suficiente, agora o garoto aprecia um revigorante banho nas fontes termais
próximas ao templo. Pelo menos, até uma visita chegar.
– Olá, tempestade. – diz a mulher
de capuz preto, deixando o capuz na beira da fonte e entrando no banho junto
com ele.
– Não poderia apenas pedir para
eu me retirar?
– Não faço ideia do por que de
pedir isso. Quero ficar um pouco mais perto por sinal.
– Por quê?
– Ora, eu sou a chuva, você é a
tempestade. Somos inseparáveis.
– Ahn...oi? A chuva me lembra
alguém como você, mas não acho que seja exatamente você, porém não lembro exatamente
quem é que me lembra e...bem, eu não quero você mais per-.
– Claro que sou a chuva,
tempestade. E você não existe sem mim... – diz Hatsumomo, a mulher que deixou
seu capuz no lado de fora das águas termais. E lentamente vai aproximando seu
rosto ao de Raitun. Em vez de aparecer um cupido que selasse o beijo de um
provável casal, outro tipo de arqueiro completamente diferente acerta o alvo.
Com uma flecha na cabeça, duas no peito e mais uma próxima a Raitun, Lilith faz
o clone de Hatsumomo se desfazer completamente, e alerta o aprendiz.
– Lilith, o que fazes tão longe
de seu templo a esta hora?
– Digamos que eu li meu almanaque
direito hoje. “No leste os cupidos precisam de um substituto”. Algo do tipo.
Quando cheguei aqui, resolvi parar a desgraça antes que ela começasse.
– Como assim “parar a desgraça”?
– Já ouviu falar em “beijo da
morte”? Não? É simples: ela iria lhe beijar e sugar sua mana até você morrer.
Quer dizer, o clone dela.
– Aquilo era um clone?
– Sim, você não notou a diferença
por que está usando esses olhos normais de humano. Os olhos dos elfos são os
melhores para a função a eles atribuída.
– Não entendi muito bem, mas acho
não posso ignorar suas superstições.
– Não deve. Posso entrar?
– Não, deve. – a sacerdotisa faz
uma mesura e entra no banho.
– Ela não pediu permissão, não é?
– Não, e pelo jeito não deve! Às
vezes as pessoas esquecem os bons modos. E o que a sacerdotisa da terra gelada
faz em um banho quente? – diz em tom irônico
– Dizem por aí que faz bem para a
pele. De quebra, eu lhe privo de más companhias que entrarem sem pedir permissão.
–Agradeço a dupla preocupação. A
Sacerdotisa-san deve realmente cuidar da sua incomum beleza.
– Por você está agradecendo em
relação a isso?
– Por ter o prazer de rever sua
beleza.
– Ora, além de querer me deixar
sem palavras ainda continua com isso? Quer ficar aqui sozinho novamente?
– Não faço ideia, devido à
situação e ao cenário, meu pobre vocabulário não me permite responder a essa pergunta.
– Uh... Acho que é por isso que
eu amo e odeio as raposas.
– A neve irá se derreter por um
mero aprendiz ou pelo calor das águas termais?
– Quem sabe? – diz ela, beijando
a bochecha do aprendiz e sumindo, misturando se com o vapor. Ainda no meio
tempo o tempo de dizer “até sempre, raposa”.
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