Aprender a escrever...

Aprender a escrever só se faz escrevendo. E só aprendemos bem aquilo que para nós tenha poesia.

sábado, 24 de abril de 2010

O episódio da taberna

Nota: Eu ri muito escrevendo isso. \o/ Espero que seja uma boa piada para vocês.
Ah, e o "eles" do comecinho eram certas pessoas de uma reunião.
"Enquanto eles chegam a um consenso, nós pulamos para outras memórias. Um fato estranho e incomum, ou melhor dizendo, mais um fato estranho e incomum. Todos os Lupos e Rikies, reunidos em uma taberna de Midgard próxima da esquina dos ventos.
- E então, quem vai pagar?- Pergunta o anão dono da taberna, enquanto limpa um copo de cerveja.
- Cada um paga o seu! – E os risos e conversas mostram que a confraternização se inicia a todo vapor.
- Concordo! Concordam também em conversar sobre algo mais trivial e óbvio?
- A Lampianrerin Hatsumomo que no momento ocupa o cargo de substituta do Lorde Imperial?
- Ótima pauta, por onde começamos?
- Começamos promovendo o Otellus a Lorde, e acabando com isso. Ele com certeza é o mais qualificado para o cargo. – A essa altura, o dono da taberna resolve se intrometer na conversa
- Ele não está muito velho para tal cargo?
- Dizem que pra ser o Lupuosrikus é preciso ser sábio como uma raposa de nove caudas...
- Lendas, lendas...
- Não acho que ele está muito velho pra isso...
- Também não. Ele tem apenas... Quantos anos ele tem mesmo?
- Só uns 150. – O riso geral toma conta do lugar, e após algum tempo alguém se lembra de retornar para o foco.
- É fato que a Hatsumomo não tem aptidão para o cargo, porém ela ficou obcecada com um cargo que não é dela. Isso é um problema. – Após a observação todos começam a fazer críticas ou discutir sobre o assunto, quase em unanimidade em relação a colocar outra pessoa no cargo. A discussão rola solta, até aparecer uma aura sombria inundando o lugar. Apreensivos, os professores olham a porte, reconhecendo a sombria presença espiritual da pessoa que adentrava. Tinha por volta 1,60, e usava uma capa com capuz, além de uma máscara negra em forma de cabeça de lobo. Carregava consigo uma foice de cabo branco e longa, com uma lâmina curvada e negra. Tal figura se aproxima do balcão e faz seu pedido com uma voz rouca e imponente, ainda assim feminina.
- Leite.
O riso geral toma conta da taberna novamente, mais alto e incontrolável do que antes. Pelo menos até um dos professores perceber que uma certa foice está quase arrancando seu pescoço.
- Deveria lhe matar por caçoar dos seus superiores, por ter uma risada feia ou por ser tão medroso?
- Você é realmente superior? – Replica outro
- Como ousa...- Antes que ela realmente corte o pescoço de alguém, Otellus se materializa dentro da taberna.
- Quieta pirralha, e que alvoroço idiota de vocês todos. Não sou eu quem vai assumir um posto alto como esse. – Comenta o ancião. “Se você não fosse meu professor, eu lhe mataria” é o que ela deve ter pensado, em meio a um sorrisinho sarcástico por baixo da máscara. Esse tempo todo de alvoroço foi o suficiente pra o dono da taberna se recuperar da crise de riso, e ele interrompe novamente as coisas.
- Desculpe senhorita, mas não temos leite aqui.
- Acho que eu não ouvi direito. – Responde a mulher, já do outro lado do balcão, passando a foice por perto do pescoço do anão.
- Realmente, não deve ter ouvido. Eu disse que não temos leite, ele acabou há pouco. Eu já estava até pensando em mandar meu criado repor o estoque. Monstrinho! (referia-se a um goblin) Vá repor o estoque de leite! – A essa hora a mulher já havia saído do estabelecimento, e invado um enorme lobo negro apelidado carinhosamente de Fenrir. Em meio a outro ataque de risos vindo da taberna ela sai em disparada, correndo pelos campos. Talvez nunca saibamos se o motivo da graça era a velha piada do paladino, a do pintinho chamado relam ou a senhorita que veio pra uma taberna tomar leite. O que sabemos é que um pouco após isso, veio a nosso conhecimento mais um fato interessante."
 

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