Aprender a escrever...

Aprender a escrever só se faz escrevendo. E só aprendemos bem aquilo que para nós tenha poesia.

sábado, 17 de maio de 2014

Parte 2, Capítulos 14 e 15



Capítulo 14 – Esquina dos ventos


– Precisamos do Otellus aqui... Ele certamente saberá o que fazer.
– Tsc, e onde aquele mago idiota se enfiou? Rosna o meio orc, limpando o sangue de dragão da sua monstruosa espada.
–“Mago? Não... apenas um velho professor... encontre-me virando a esquina.” Sussurra o vento no ouvido de Raitun.
– A esquina dos ventos! Grita o aprendiz.
– E você vai até lá acabado desse jeito? Diz Louise. E novamente aparece Alexis, interrompendo como sempre.
– Você acha mesmo que eu vou deixar eles se levantarem e irem a algum lugar nesse estado?
–Alexis, os sorudiun cumpriram a missão?
– Sim, ajudaram a levar todos em segurança para o abrigo. Os “planos de fuga” ainda são efetivos no final das coisas. E eles não sairão da fortaleza subterrânea dos anões por enquanto. Ela faz uma pausa para recitar as palavras da arte de cura, e enquanto a mantêm continua: – Essa foi apenas... A “declaração de guerra”
– Nada bom... diz Yumi, olhando para o sul.
– Não mesmo. Eles virão pelo sul, atravessando o mar.
– Então precisamos mesmo de todos para montar uma estratégia forte. Comenta o garoto.
– E você precisa parar de esquecer suas armas. – Diz Kitsu, com a Srta Hitch montada nela. Esta toma a palavra.
– Tempus levitatus... Ah, afiei suas espadas. Vamos à guerra, e eu e Kitsu estamos prontos. Após isso é que ele percebe que a raposa estava com uma armadura parecida com a da raposa invocada para transporte no festival. Nesse meio tempo Alexis tinha regenerado os dois, e o aprendiz impaciente se levanta de olhos fechados, aumentando a pressão espiritual da sua aura.
– Quero ver o velho... Mostre sua forma, esquina dos ventos! O mana circula de forma tão monstruosa em volta do aprendiz que isso acaba perturbando o vento, que começa a se agitar em várias direções, revelando uma porta com inscrições.  Estranhamente ela desaparecia com o vento, então Raitun volta a perturbá-lo e a criar ventania e pergunta:
– O que diabos está escrito? Não consigo ler!
– Fale amigo, sozinho, com suas palavras e... Entre. – Hitch continua– Então, só dizer a senha... Qual será a senha da vez?
– Dracus Levitatus! Grita Yumi encostando o báculo na porta, Nada acontece com a porta. Raiva sobe em Yumi. Os outros tentam os mesmo com outras prováveis e improváveis senhas, e nenhuma delas surte efeito.
– Espere... Fale ‘amigo’... Como é amigo na língua dos elfos?
–Será? Vamos tentar... –A sacerdotisa encosta o báculo na porta e diz: – Fulien! Nada acontece mais uma vez.
–Entendi. Diz Lilith, aparentemente recuperada pelo aprendiz.
–Posso quebrar essa maldita porta. Comenta Sigfried
– Posso ajudar? Pergunta o garoto com olhos brilhando e orelhas de raposa em pé.
– Pode me ajudar parando de me matar de vergonha. Diz Hitch
–Parem todos, eu entendi a chara. Raitun, encosta sua espada na porta e diga a palavra “amigo” ao seu modo.
– As suas ordens, Lady. Raitun recebe uma das katanas de Hitch e fica observando a lâmina, enquanto pergunta: Lilly, por que eu?
–Por tudo que você é? O aprendiz olha a aporta após a resposta da sacerdotisa, e indaga novamente: “por que eu?”
– Por que os ventos do norte o escolheram para nos liderar à vitória.
– Se irei liderar você vai me auxiliar nisso. E o aprendiz segura a mão da sacerdotisa, encosta a lâmina na porta e grita: – Nakama!Hitori Nakama! “A senha era ‘amigo sozinho’, sabia?”, pensa ele sorrindo, e a porta se abre, e ele passa junto de Lilith. Após isso os ventos cessam e a porta some novamente. Os outros não sabem o que houve, porém antes que discutam o assunto uma voz os interrompe.

Capítulo 15 – Preparativos


– Por que essas faces? Ouviram o violino desafinado da Karen ou os tambores?
– Eu não toco violino Hana... –Diz Karen, que veio junto com Hana. Esta dá uma tapa no bumbum de Karen, e rindo diz: – É, até que estão afinados agora...
– Ora sua... O que tem de pequena e peituda tem de pervertida.
– Você também é peituda, é quase da minha altura, também é pervertida, bebe até não agüentar, mas gosta da mesma música que eu.
– A musicista pervertida e o híbrido de gueixa e lutadora pervertida porem parar por cinco minutinhos? Estamos diante de uma crise aqui. – Diz Louise preparando uma baforada.
– Enquanto a raposa e o velho não voltam, precisamos reunir todas as tropas disponíveis aqui. Diz Sigfried.
– Por que aqui?
– Será uma boa fortaleza. Os moradores estão protegidos.
– E podemos criar uma barreira forte o suficiente aqui. Não sabemos o que eles querem, mas sabemos de onde eles vêm. Do sul, que na verdade é o norte. – termina Alexis.
– E enquanto vocês falam da cevada, eu vim com a cerveja!– Grita Mary Anne, chegando montada em Ácades.
– Como estão nossos exércitos? Pergunta o imperador, que chegara ali há pouco. (ou chegara há muito tempo e ninguém percebeu, não sei.)
– Prontos para morrer, majestade! Respondeu o general.
– A guarda imperial fica à sua disposição.
– Agrade-lho profundamente, majestade. Alexis, as Willow entrarão nessa guerra?
– Não faço ideia. Acho que elas ainda terão uma longa conversa... Após isso talvez decidam algo. Como sempre.
– Yumi, aiodromes a postos?
– Sempre estiveram.
– Louise?
– Desde quando um dragão precisa de exército?
– Hitch?
– Se só magia derrota magia, os magos estão à disposição.
– Todo o reino está pronto? Pergunta o general, e os montrisianos respondem em frenesi, com gritos, com armas levantadas, com disposição para morrer por uma causa maior que eles nem fazem questão em saber qual é. Enquanto os preparativos continuam, o casal procura o mago em seu refúgio. Ao atravessarem a porta bateram de frente com uma biblioteca de dimensões colossais, porém sua única alternativa era procurar e procurar. Os dois começam a andar pelos corredores. E encontram livros, livros, livros... Mais livros. Então, não vendo nada mais do que estantes e estantes de livros, acabam perdendo a paciência que já estava se evadindo de suas mentes. Raitun bate as mãos, e libera outra rajada de vento, atingindo em seu raio o interior do lugar, derrubando e desarrumando prateleiras e estantes (e revelando onde estava o ancião). Os olhos da raposa fixam o ancião, que a todo tempo os seguia de forma oculta ali na biblioteca. Antes que ele resolva começar uma nova brincadeira as mãos da sacerdotisa seguram seu manto.
– Não estamos com tempo pra isso, velho idiota!
–Não importa quanto tempo se tem, e sim o que se faz com ele.
– E o que vamos fazer com nosso pouco tempo? Indaga Lilith.
– Vamos armar uma boa estratégia. E preparar o nosso líder, claro. Responde Otellus fitando as pupilas cansadas em seu pupilo. Este olha em volta (da biblioteca em ruínas) e pergunta:
–Quem é o nosso líder? É a Grande Lilith?
–Não eu, você é o líder – Responde ela.
– Ah... Quê? Eu vou liderar um exército inteiro?
– Não só um exército, um reino inteiro. Ou algo do tipo. O talento, a inteligência e os dons de cada um nascem com cada um, e isso você tem de sobra. Não será difícil.
– E... – suspira– por que eu?
–Você foi escolhido para isso. É o seu destino. Apenas isso, ponto.
– Com a bênção da grande Lilith, aceito o destino. Condição: Ela é a sub-líder!
– Quando começamos? Perguntam eles. 

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