Capítulo 5 – Muito sugestivo
Raitun passa o braço pela cintura
da sacerdotisa, abraçando a firmemente por trás. A mão livre encontra a mão da
elfa que segura o arco com facilidade, e enquanto o resto do grupo distrai o
dragão, eles reiniciam a conversa.
– “Posição sugestiva, não é?”
Comenta Lilith
– “Deve ser exatamente isso que
os outros estão pensando. Quase posso ouvi-los pensando isso. Perdoe-me pela
insolência, mas na resisti á oportunidade”.
– “Isso quer dizer que além de
tudo está tentando me seduzir?”
– “Temo dizer que é o contrário,
Grande Lilith.”
– “Com quem aprendeu tanto?”
– “Com a melhor. Ela é tão boa
que talvez me ensine como se mate dragões."
– “Ah, vai sim. E com todo o
prazer, coisa fofa.”
O casal abraçado toma posição e
uma flecha de luz toma forma no arco. Mas não era mais apenas uma flecha de luz
como as que Lilith costuma usar. Adicionando seus poderes ao poder do aprendiz
o mana em volta dos dois toma forma, e sua aura combinada tem uma presença tão
poderosa quanto à do dragão. O mana dos dois tomou literalmente forma. Diria
que posso descrever como um gigantesco arqueiro alado feito de pura mana, com
duas asas gigantescas. Não era como uma entidade invocada, e ao mesmo tempo era
como uma. Rodeava o casal, como se eles tivessem tomado a forma daquele arqueiro.
A entidade materializa um arco de seu tamanho, muito parecido com o da
sacerdotisa, e enquanto este começa a reunir mais mana usando o mesmo processo
de Lilith para fazer flechas os outros continuar a atacar e distrair o dragão.
Porém diante da ameaça do arqueiro o dragão volta atenção para os dois que
estão invocando algo tão poderoso quando ele. Ele tenta atacá-los várias vezes,
e os golpes são defendidos pelo grupo, mas um dos golpes acaba atravessando a
defesa, e uma rajada de fogo é lançada sobre os dois, sem surtir efeito, a
entidade envolta de mana maciça os protege e não sofre danos. Após receber o
ataque a entidade contra ataca com uma flecha, que encontra no caminho uma
rajada de mana vinda da boca do dragão. A flecha atravessa isso facilmente e destrói
uma das seis asas do demônio em forma de dragão. Com um tiro na cabeça e um
último no coração o grotesco dragão é derrubado, e partes de seu corpo começam
a se desfazer, até que ele suma por completo. A entidade faz o mesmo, dela
sobra apenas o original Mihawk, que se encontra na mão de Lilith, que se
encontra deitada por cima do aprendiz, que no momento foi encontrado deitado na
grama (com a sacerdotisa ainda em cima dele), exaustos por terem usado muito
mana.
– Estão melhores do que eu
esperava... O uso de poder espiritual causa cansaço físico, e é preciso uma
enorme resistência física para aguentar uma grande quantidade de poder e
aumentar a duração de uso desse poder. – é o que Yumi comenta.
– É verdade, concordo... O que
aconteceu?
– Não consegue se lembrar ou não
entendeu o que acaba de acontecer? Perguntou Hanna
–...
– Deixe-me ver como posso
explicar-lhe de forma convincente. Ela pediu seus poderes, correto?
– Não, eu os ofereci.
– Dá quase no mesmo.
– Há uma diferença colossal entre
um e outro.
– Ora, por que você não a deixa
continuar? Interrompe Yumi.
– É coisa fofa... Deixe-a
continuar... Sussurrou Lilith, fechando os olhos e se aconchegando em cima do
aprendiz.
Hanna retomando o assunto: –
Então você OFERECEU os seus poderes para que ela pudesse derrotar Ayenth. Ela
aceitou e em vez de repetir o ataque usado no primeiro dragão, inteligentemente
fez uso de algo mais poderoso: Ancient mana. Magia poderosa e antiga de nossos
ancestrais.
– Um dos anjos usa o poder dos
dois, e estes se convertem em um único, proporcionando a vitória dos dois,
completa Yumi.
– Interessante. Mais interessante
seria obter mais detalhes sobre isso. Correto?
– Correto... Mas... Me leve para
casa... – sussurra de novo (Lilith)
– Vamos... – Diz o aprendiz,
levantando se e pondo a sacerdotisa nos braços.
– Enquanto você a carrega, eu vou
cobrar nossa aposta, diz a raposa antes de sumir.
– Então, acho que esta é minha
deixa, diz a musicista guardando seu instrumento. Espero que as boas melodias o
acompanhem e sejam levadas junto com os ventos que correm para você. E que a
brisa traga as notas certas.
– Isso é um enigma junto de uma
despedida para na mais voltar?
– Informação confidencial.
A garota se põe a caminho, a
musicista e seu instrumento juntos em um saem em busca de novas melodias.
– Nos veremos novamente, Srta de
seios volumosos...
– Eu quebraria cada osso seu em
sete lugares se ainda me restasse energia.
– Então, recupera-te e faça isto.
Capítulo 6 – Aquela história continua
Yumi pensou em chamar a
sacerdotisa Alexis, porém antes de fazê-lo olha novamente para Raitun e Lilith,
e tem algo a ideia fixa na mente de deixá-los a sós. Também é interessante para
o aprendiz treinar suas habilidades de cura. A arquiduquesa resolve chamar a
Srta. Hitch e em breves sinais e palavras lhe dar uma mensagem. Ela pretendia
manter os olhos no casal e para tal envia Hitch com os olhos neles e magia em
volta dos três. Enquanto o aprendiz está em forma de raposa e Lilith está em
suas costas, deitada, abraçada em seu pescoço, a maga faz seus preparativos.
Eram uma poção de invisibilidade mostrada anteriormente ao aprendiz e uma pequena
mochila (logicamente como era algo como uma “missão de espionagem” ela faz o
possível para não ser percebida, talvez não com sucesso e eles a tivessem ignorado)
onde guarda alguns frascos vazios.
A partir desses momentos
avançamos um pouco o tempo, após uma conversa sussurrante entre os dois no
caminho, a sacerdotisa está sendo curada de seus ferimentos pelo aprendiz. Um
clone do aprendiz, melhor dizendo. Lilith se posiciona de forma que Raitun
possa ser acolhido em seu colo. Relativamente bem, ela própria puxa assunto.
– Parabéns por ter ganhado a
aposta.
– Graças a sua ajuda.
– Nada disso. Graças aos seus
poderes, seu suprimento espiritual interminável... Que fôlego garoto!
– Graças à cooperação de todo o
grupo, conseguimos purificar o mal contigo naquela criatura, correto sacerdotisa-san?
– Correto, coisa fofa plagiadora
de frases enormes que falam de coisas santas.
– E é preciso algo desse tamanho
para ficar me definindo?
– Quer apenas uma palavra?
–Quero.
–Chato.
–Menos.
–Desajuizado.
– Não?!
– Estranho?
–Talvez...
– Obscuro.
– Relativamente.
– Misterioso!
– Sim!
– Não.
– Qual?
– Anormal.
– Perfeito. Um ataque de riso
conta dos dois no momento.
– Lembra da história?
– Aquela cheia de coisas místicas
e deuses, e algo do tipo?
– “Exato.”
A garota interrompe a leitura do
ancião, dizendo: “Para realmente entender o agora, é preciso rever o que se
passou”. Então foi por isso que ela resolveu contar a tal história para o
aprendiz.
– Exatamente. Ainda lembra-se da
história do começo de tudo?
– Lembro, lembro muito bem.
– Então podemos continuar pulando
a história que está na história?
–Podemos sim, assim economizamos
tempo.
–Onde ela continua... – diz ele
folheando o livro, até apontar algo em uma página. Aqui, em “o incansável trio
se rende ao cansaço...”... “caindo assim os três em um sono tranquilo e profundo...”.
Em meio a sonhos e devaneios que
levam ao delírio profundo, em meio às sombras, uma foice negra se prepara para
ceifar a alma do aprendiz. A morte dessa vez foi falha, e falha miseravelmente.
Aprendizes dormem, elfas dormem, mas entidades não dormem. As irmãs katanas
aparam o golpe, e enquanto se materializam a sacerdotisa desperta e aponta o
arco para a pessoa encapuzada que tentou tirar a vida do garoto. Rapidamente
ela nota os detalhes da foice.
– Essa foice... Você é realm-
– Desarme! Diz a Srta Hitch,
saindo de seu “esconderijo”. Como as katanas, a foice e o arco estavam
praticamente disputando o mesmo espaço, as quatro armas são lançadas para longe.
A única que se mantém no lugar é a varinha da maga. A esta altura, já estava
imobilizando a invasora com magia.
O aprendiz levanta-se do colo da
sacerdotisa e se espreguiça (e a sacerdotisa por algum motivo tapa os olhos com
as mãos durante esse momento) e indaga ao invasor:
– Ora Amy... Há quanto tempo. É
um costume seu visitar regularmente os forasteiros?
– É um costume teu nunca me
acordar cedo? Quase perdi a parte divertida da festa, interrompe Hitch.
–Não lhe desperta algo essa minha
comum situação? Nenhuma lembrança?
– Ah, muitas... Inesquecíveis,
afinal, a chuva me lembra uma pessoa.
– Como a tempestade descobriu
minha presença em meio a tal desordem? Alguma habilidade especial de perceber
auras mesmo que elas estejam escondidas?
– Não... Algo infinitamente
simples: reconheci-te pelo cheiro. Lembro-me fielmente dos cheios de pessoas
importantes... Impossível confundir um com outro, diz ele franzindo o nariz.
– Agora você tem algo a mais para
lembrar-se dela. Mais uma vez, ela tentou lhe matar. Na nossa frente, como
fator agravante.
...
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